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“O caso Laura” é um livro com atmosfera sombria e psicológica, que mostra uma reclusa mulher restauradora de imagens sacras que mantém encontros com um homem misterioso num banco de praça; um idoso desconhecido contrata o detetive Marcel para seguir os passos dos dois. Os diálogos são rápidos carregados com alguns clichês dos livros policiais, mas isso não o torna chato ou enfadonho. A força imagética trabalhada no romance é algo que Vianco já aprendeu a utilizar e serviria muito bem nos cinemas multiplex: cenas de ação de tirar o fôlego, mistérios que vão sendo jogados e respondidos em pequenas doses e a famosa artimanha de sempre terminar uma página com alguma surpresa que será desvendada na outra. Para um autor que ficou conhecido por escrever livros sobre vampiros, fica difícil fazer uma obra sem algo sobrenatural. O termo policial dark, como Vianco define o romance, vem justamente das doses de sobrenatural. Há outra história paralela à principal, um policial que teve a mulher assassinada dentro de uma boate é investigado por alguns crimes, no final as histórias se entrelaçam para chegar a um desfecho óbvio.