Autor de 75 anos, dos mais premiados da literatura brasileira, passa a publicar pela casa e terá obras sócio-políticas resgatadas e reunidas no BOX “Ceifa sangrenta em campo de batalha”

A OIA Editora anuncia a chegada de um novo autor – mestre da literatura brasileira – o pernambucano Raimundo Carrero, publicando o box Ceifa sangrenta em campo de batalha com a reedição de quatro títulos que chegam às livrarias no próximo mês: A dupla face do baralho, Os Extremos do Arco-Íris, Sinfonia para vagabundos e Viagem no ventre da baleia.

Os livros a serem publicados foram escolhidos tanto pelo autor como pelo editor e diretor de publicações da OIA, Thiago Medeiros, como forma de celebrar as faces do escritor e relançar, para os leitores, as obras que mais discutem diretamente política.

“É uma honra imensa recebermos a obra do Raimundo Carrero e tê-lo conosco. Estas publicações que formam o box são um resgate de quatro obras de crítica sócio-política mais contundentes”, conta Medeiros.

A primeira obra pensada para a reedição foi Sinfonia para Vagabundos, que marca a história de Carrero como precursor das oficinas de escrita no país, tendo entre seus alunos Marcelino Freire, Silvério Pessoa, Débora Ferraz, André Balaio e, inclusive, o próprio editor.

“A obra mostra técnicas de escrita e também desenvolve o enredo de uma novela, com uma história curta e personagens, é como se ele mostrasse, na prática, a teoria contida ali”, destaca Medeiros.

A partir desta escolha, os editores pensaram em reeditar mais alguma obra e, empolgados, acabaram por decidir pela publicação da quadrilogia.

“Quisemos pegar a faceta do Carrero como professor, mas também celebrar o escritor, como o Viagem no Ventre da Baleia, que traz uma visão política da época da ditadura militar no Brasil através dos personagens Jonas, Miguel e Padre Paulo”, destaca o editor e proprietário da OIA, Carlo Benevides.

Sobre o autor
Raimundo Carrero de Barros Filho, o Raimundo Carrero, tem 75 anos, é jornalista e escritor. Começou a carreira no Diário de Pernambuco e publica, como romancista e contista, desde os anos 1970.

Nesta mesma década, viveu uma experiência que influenciou a sua produção literária. Carrero participou ativamente do Movimento Armorial, criado pelo escritor Ariano Suassuna, que preconiza a valorização das artes populares nordestinas como base para estimular a criação da cultura erudita. Atualmente, o escritor é o único representante do movimento, na área da literatura, vivo.

A obra literária de Raimundo Carrero recebeu reconhecimento ao longo dos anos. Seu livro Somos pedras que se consomem foi selecionado como um dos dez melhores de 1995 pelo jornal O Globo e também como uma das dez melhores obras de ficção do mesmo ano pelo Jornal do Brasil, recebendo o Prêmio APCA, no mesmo ano.

Desde a década de 1980, Carrero ministra sua própria Oficina de Criação Literária, que revelou escritores de renome nacional e premiados, como Marcelino Freire.

Em 2000, Carrero foi agraciado com o Prêmio Jabuti na categoria de contos pelo livro As Sombrias Ruínas da Alma. Em 2010, ele recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance Minha Alma é Irmã de Deus, obra também vencedora do Prêmio Literário da Fundação da Biblioteca Nacional, em 2009.

Em 2018, a Cepe publicou o volume Condenados à Vida, que reúne a tetralogia do “Quarteto Áspero”, composta pelos livros Maçã agreste (1989), Somos pedras que se consomem (1995), O amor não tem bons sentimentos (2008) e Tangolomango (2013), consolidando ainda mais a relevância e o impacto da obra de Carrero no cenário literário brasileiro. A obra mais recente do autor é A Luta Verbal (de 2022), obra teórica, onde o autor analise a escrita criativa, com diversos exemplos de escritores pernambucanos contemporâneos e de outras épocas.

Serviço – Mais informações sobre a quadrilogia podem ser acessadas pelo site da editora https://www.oiaeditora.com/

*Matéria publicada com informações da assessoria.

 

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